Casa Chanel proíbe uso de peles de animais
A notícia saiu hoje na CNN Style, e não podia ficar mais feliz, uma vez que sempre defendi a proibição do uso de produtos de origem animal, na estética e na moda.
Segundo a CNN Style, a Casa Chanel proibiu peles e peles de animais exóticos nas suas coleções, alegando querer manter os seus padrões éticos e atender à pressão dos defensores dos direitos dos animais.
Mais, a casa de moda francesa, de renome internacional, anunciou que deixará de produzir peças de vestuário e acessórios feitos de pele de animais, bem como peles de couro, como o crocodilo, o lagarto e a cobra.
Esta decisão foi muito bem recebida pela PETA - Pessoas pela Ética nos Tratamento de Animais, cujo lema é, em parte, que "os animais não são nossos para usar".
Tracy Reiman, vice-presidente executivo da PETA, disse em um comunicado: "As rolhas de champanhe estão a abrir-se na PETA, graças ao anúncio da Chanel de que está abandonando a pele e peles exóticas - incluindo crocodilo, lagarto e pele de cobra".
Segundo esta organização, defensora dos direitos dos animais, já não existem argumentos das marcas de luxo convincente para o uso das peles de animais, uma vez que existem "avanços significativos na indústria textil para o fabrico do couro e pele sintética, assim como couro vegan, quase indistinguível de peles verdadeiras"
Já em 2016 o designer de moda italiano Giorgio Armani anunciou que as suas marcas não usariam as peles de animais, "refletindo a nossa atenção para as questões críticas de protecção e cuidado com o meio ambiente e os animais".
Outros estilista e designers de moda já se juntaram há algum tempo a esta causa.
Vivienne Westwood, Calvin Klein e Ralph Lauren também não utilizam peles de animais nas suas coleções.
" A pele verdadeira é extraordinariamente antiquada" - disse Stella McCartney, cuja marca é totalmente vegetariana, à CNN em 2015, e acrescentou, "fur não é sexy, não é moda e não é legal".
O que choca é justamente a maneira como essas peles são obtidas.
A obtenção das peles, traz muita dor e sofrimento aos animais, que vai desde os maus tratos na sua criação, até a retirada da pele, que é feita, em grande parte, enquanto os animais ainda estão vivos.
Se por um lado o uso de pele de animais é cruel e desnecessário, por outro a produção de tecidos sintéticos (vindos do petróleo – como o poliéster, por exemplo) agride o meio ambiente no seu processo de desenvolvimento.
Uma solução seria a produção de tecidos provenientes das plantas, que deve ser cada vez mais estimulada.
Um abraço
Luísa de Sousa
Fotos - CNN Style